Concurso Público: Apenas o começo!

Olá, amigos concurseiros, tudo bem?
Hoje eu vim aqui falar de um assunto muito importante para você, que daqui a bem pouco tempo estará exercendo suas atividades em um cargo público. Eu diria que a nossa conversa de hoje é fundamental para o seu futuro e, quem sabe até para o futuro de nosso País.

Algo que me incomoda bastante e tenho certeza de que incomoda a várias outras pessoas é o perfil estereotipado que a sociedade brasileira ainda tem dos servidores públicos. Para muitos, o servidor público ainda é aquela pessoa que tem estabilidade, ganha bem e trabalha pouco. Muitos vêem a aprovação em um concurso público como um verdadeiro prêmio! É como se depois da aprovação ninguém precisasse mais se dedicar e pudesse tão somente aproveitar a vida.

Eu não partilho dessa idéia! Nós precisamos pensar que é justamente depois de sermos aprovados em um concurso público que tudo começa. Não podemos encarar a aprovação simplesmente como um prêmio pelas nossas horas de estudo, pela nossa dedicação.

Tudo bem, você realmente merece todo o reconhecimento por ter sido aprovado. No entanto, o Brasil espera muito mais de você! O Brasil espera que você faça jus à sua estabilidade, ao seu salário, à sua carreira. Afinal de contas, qual o mérito em ser aprovado e depois se tornar uma pessoa acomodada no serviço público? Será que há algum mérito em querer somente regalias?

Se observarmos os salários na iniciativa privada, perceberemos que, atualmente, a média dos salários dos servidores públicos é bem superior. O que será que existe por trás disso? Bem, eu diria que por trás das altas remunerações dos servidores públicos existe a crença do governo brasileiro em um Estado mais forte, mais profissional!

Eu acredito muito nessa idéia! O Estado precisa ser composto de pessoas altamente especializadas, precisa ser composto das “melhores cabeças”, de pessoas que realmente querem fazer a diferença. Somente assim possuiremos políticas públicas realmente eficientes que trarão desenvolvimento e crescimento econômico ao país. Com pessoas dedicadas e profissionais na condução das políticas governamentais, o Brasil terá condições reais de se firmar nos próximos anos como uma grande potência mundial.

Já é possível perceber nos últimos anos que as coisas vêm mudando para melhor! A Polícia Federal e a CGU tem trabalhado como nunca no combate à corrupção. A Receita Federal tem atuado de forma cada vez mais incisiva no combate ao contrabando e à sonegação fiscal.

No entanto, ainda há muito a melhorar! Os desafios do futuro não são poucos! Nos próximos anos, o Brasil terá participação destacada nas principais questões internacionais – meio ambiente, energia, comércio internacional, segurança- e você fará parte dessa história como servidor público. Você terá condições de influenciar positivamente nos destinos do País!

Precisamos ajudar a construir um Estado profissional, que não esteja comprometido com interesses pessoais! Precisamos ajudar a construir um País baseado em um projeto de Estado e não em um simples projeto de governo. Para isso, no entanto, não há espaço para pessoas acomodadas ou para “sanguessugas”, mas somente para servidores que acreditem na importância de sua função e que queiram realmente fazer a diferença!

Vamos fazer uma verdadeira revolução no serviço público! Vamos batalhar pela meritocracia e pela moralidade nos concursos públicos, construindo um Estado profissional e comprometido com os objetivos do Brasil!

Um grande abraço,

Ricardo Vale
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AFRFB 2009

Olá, amigos, tudo bem?

    É uma grande satisfação estar aqui com vocês mais uma vez! Hoje gostaria de lhes apresentar o Luciano, um ex-aluno recentemente aprovado no concurso de AFRFB 2009.
    Eu conheci o Luciano em Recife no Curso Espaço Jurídico e tive a grata satisfação de receber a notícia de que ele tinha sido aprovado. Pedi, então, ao Luciano, que ele falasse um pouco sobre como ele conseguiu chegar ao sucesso em um curso dificílimo como o da RFB.

Ricardo: Luciano, essa foi a primeira vez que você prestou um concurso para a RFB?

Luciano: Não, Ricardo! Em 2001, eu já havia passado para ATRFB. Minha primeira tentativa de ser AFRFB foi em 2002. Fiz 222 pontos, ficando a três das vagas (eram cinco para aduana), e teria passado nas demais regiões fiscais (fiz para a 04ª Região). Ainda em 2002, tentei o AFPS (Esaf). Fiz 249 pontos, e a última vaga foi com 227, porém tive ponto de corte em Direito Comercial. Voltei a tentar em 2004, e mais uma vez fiquei a três pontos da vaga. Fui aprovado, dentro das vagas para AFC/CGU, mas a diferença salarial, motivos pessoais, minha vontade de ficar na RFB, e entender que não deveria “queimar” uma vaga, fizeram-me não participar do CF. Em 2006, fiz 205 pontos, quando a última vaga ficou em 202 pontos, e perdi no ponto de corte em informática.

Ricardo: E como foi sua preparação para o concurso de AFRFB?

Luciano: Para o AFRFB-2009, meu tempo para estudar era pouco. Contabilidade Avançada (com a excelente Diná Gasparini) foi a única matéria para a qual fiz um curso completo. Fiz cursos de testes com professores de qualidade como Aylton Barbosa (Constitucional), Silvio Sande (Contabilidade) e Celso Lopes (Tributário), todos no Espaço Jurídico. Fiz o curso de testes da LFG (sábados e domingos), enquanto trabalhava, com outros bons professores como Rodrigo Luz, Carlos Ramos, Cyonil, Ítalo Romano, Silvio Sande, Cláudia Koslowsky e Carlos Henrique. Meu filho nasceu no mês do edital, setembro (minha filha tinha dois anos e meio) – minha jornada família/trabalho era entre 5:30 e 20:00 horas.
As novas matérias (Direitos Penal, Civil e Comercial, Auditoria, e Administração Pública) ficaram prejudicadas. Nas provas objetivas, fiz 77% nas antigas matérias, e 55% nas novas. Resultado: 251 pontos, e classificação 947 – estava fora até dos excedentes. Vieram as discursivas, e com pouco prazo para estudo.
Com as aulas no Espaço Jurídico de Recife/PE (Gustavo Barchet, Ricardo Alexandre, Daniel Sousa, e Ricardo Vale), e o curso EAD do ponto dos concursos, consegui um excelente resultado – 9º lugar. Minha experiência na elaboração de pareceres e despachos na RFB ajudou. No resultado final passei em 397º. Foram 550 posições ganhas. A melhor nota foi em Comércio Internacional: 29,75 em 30 pontos possíveis, e Ricardo Vale teve participação importante porque sua aula foi precisa e completa no assunto da discursiva.

Ricardo: Fico bastante feliz com isso, Luciano! Mas me diga quais dicas você daria para alguém que esteja se preparando para o próximo concurso da RFB?

Luciano: Que dicas repassar se não fui um dos primeiros colocados? Assim mesmo, aí vão as minhas sugestões:

-Ter um concurso ou uma área como foco. Evitar a promiscuidade. Tentar estudar para concursos de diversas áreas levará a dispersar energias e tempo.

- Fazer um levantamento das matérias, e seus programas, aqueles que são mais constantes e prováveis no concurso, fazendo uma estimativa do peso e dificuldades de estudar cada uma;

- Para cada matéria, separe os temas específicos, organizando os materiais de estudo;

- Assim, poderá elaborar uma agenda de estudos, distribuindo o tempo conforme o peso de cada matéria;

- Saiba administrar seu tempo em cada fase do concurso. Dedicação é fundamental, mas momentos de lazer (aquilo que você gosta) são fundamentais para recuperar energias;

- Assuma um compromisso com você mesmo. Pense no que irá sacrificar e no seu objetivo. É preciso saber o que está disposto, de fato, a enfrentar. Isso não apenas na fase do concurso, mas depois, no curso de formação e na sua lotação, que poderá levar você para longe de casa, da família e de amigos;

- Escolher bons materiais. As matérias, em geral, têm mais de um bom livro, mas é preciso escolher um, e absorver o máximo possível.

- Se estiver iniciando, escolha um bom curso que contemple pelo menos as matérias principais – Contabilidade, Direitos Tributário, Constitucional e Administrativo, por exemplo;

- Resolver muitas questões, incluindo as provas anteriores;

- Descobrir o seu jeito de estudar; As pessoas são diferentes; Há quem goste de biblioteca, quem permaneça sentado lendo por horas; quem faz resumos, aquele que tem melhor resultado lendo livros, outro que prefere resolver mais questões;

- Eu, por exemplo, não costumo fazer resumos, não gosto de silêncio em excesso, e tenho de levantar a cada 50 minutos; Ainda tenho facilidade em absorver através de aulas (ao vivo e mesmo via internet), o que torna fundamental ter bons professores;

- Ter calma e confiança na hora das provas; Mas evite o excesso, em todos os sentidos;

- Nas discursivas, tendo tempo, treine (perdi 2,75 pontos por causa de minha letra). Ter um bom orientador quanto à forma das questões é importante. E claro, se for possível, um curso rápido, com bons professores, para as matérias envolvidas.

- Como meu tempo era curto, fiz poucas questões escritas. Li algumas questões de colegas. Para os muitos temas propostos que me chegaram às mãos, procurava fazer um resumo mental, organizado, do que precisava ser escrito de forma a testar se tinha a bagagem de conhecimentos para enfrentar a prova.A questão de tributário da prova foi um desses casos.

Bem, eu não segui todas minhas dicas nos mínimos detalhes, por razões diversas. E isso explica não ter
conseguido um melhor resultado, mas estou satisfeito e feliz. Tenho uma família linda. Passei pelo curso de formação (na verdade, de apresentação), em Brasília, com amigos de Recife, e com a oportunidade de fazer outros. Dia 01/07/2010 tomei posse como Auditor Fiscal, e entrei em exercício (DRF/Santarém/PA), em uma instituição qualificada, séria. Junto com os outros 7 aprovados lotados naquela unidade, encontrei um bom ambiente de trabalho. Alcancei meu objetivo!

Ricardo: Fico realmente feliz com o seu sucesso, Luciano! Posso imaginar o quanto você lutou para chegar onde está agora. Todavia, tenho certeza de que todos à sua volta se orgulham muito de você e o consideram um exemplo a ser seguido. Parabéns por sua vitória!
A todos que lêem esse depoimento, espero que tenham o mesmo sucesso do Luciano. Não interessa se você será o primeiro ou o último colocado do seu concurso. Você só precisa de uma vaga!
Como sempre gosto de dizer: “O segredo do sucesso é a constância no objetivo!”
Um grande abraço a todos e boa sorte,

Ricardo Vale
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LANÇAMENTO DO LIVRO- PRÉ -VENDA

Olá, amigos concurseiros, tudo bem?

Hoje estou passando por aqui somente para informar que está disponível no site da Editora Método o meu livro de Comércio Internacional - Questões Comentadas. É um material com inúmeras questões de concursos anteriores e, ainda, questões inéditas. O nosso objetivo principal não é fazer com que o aluno aprenda Comércio Internacional, mas sim que esteja preparado para fazer uma prova dessa disciplina. Pensando nisso, o livro foi elaborado em conformidade com os editais de 2009 da RFB. Espero, assim, poder contribuir para o seu sucesso rumo a esses importantes e cobiçados cargos do Poder Executivo Federal.

Um grande abraço, Ricardo Vale

Link para a compra antecipada do livro:

http://www.editorametodo.com.br/produtos_descricao.asp?codigo_produto=2240
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Resultado da Promoção!!!

Olá Amigos Concurseiros,

Tudo bem?

Hoje vim anunciar o resultado da promoção do livro de Comercio Internacional - Questões Comentadas.
Gostaria de pedir desculpas pelo atraso na divulgação pois precisei enviar os livros para os vencedores e receber a confirmação do recebimento.
Os três ganhadores são:

Fabio Bigarelli - Vargem Grande Paulista - São Paulo

Leonardo da Silva França - Salvador - Bahia

Débora Rego Ambrósio - Recife Pernambuco

Parabéns aos ganhadores....

Quem quiser adquirir o nosso livro COMERCIO INTERNACIONAL- QUESTÕES COMENTADAS
acesse o site:

http://www.editorametodo.com.br/produtos_descricao.asp?codigo_produto=2240

Lembrando que o valor pode ser dividido em até 10x sem juros ok?

Obrigado

Prof. Ricardo Vale
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Pergunta


Bom dia Ricardo...

Meu nome é Caroline, sou formada em administração de empresas, mas trabalho em uma trading. O Comercio Exterior é simplesmente apaixonante, não quero mais sair dessa área. Por isso estou começando a me preparar para consursos voltados para isto, pois trabalhando com isso, vemos como o nosso COMEX ainda pode ser melhorado. Quero poder fazer a diferença no meu país e trabalhar para que o COMEX cresça cada vez mais.

Entretanto, tenho algumas dúvidas que sei que você pode me ajudar. Primeiro, sou de são paulo,e estou preparando o meu projeto de mestrado, pretendo já começá-lo no próximo ano, portanto não quero deixar esta cidade. Sou casada, e meu marido não gosta muito de Brasília (para falar a verdade nem eu....hehehehe)

Além do ACE, existe algum outro concurso voltado para essa área do comércio internacional que não seja com lotação em Brasília?

Outra coisa, eu peguei o conteúdo programático do ACE 2008 e vou me basear nele para dar início aos meus estudos. Muito daquilo ví na faculdade, então não é novo para mim o conteúdo, mas exige um nível de aprofundamento muito maior do que a graduação nos proporciona. Tenho inclusive algumas bibliografias que podem me ajudar neste início, mas gostaria de indicações bibliográficas para um estudo realmente aprofundado.

Prometo, agora é só mais uma coisa: Vou fazer meu planejamento de estudos, como sei que tenho um tempo um pouco maior, já que acredito que o próximo concurso só saia em 2011, gostaria de uma dica sua sobre a ordem de importância e complexidade das disciplinas exigidas....

Sorry, escrevi quase um livro ...hehehe, mas este e-mail é o início de um longo caminho que tenho a percorrer, e gostaria de sua ajuda.

Desde já agradeço a sua atenção. Muito obrigada.

Aguardo retorno assim que possível.

Abraços,

Caroline

Resposta

Oi Caroline, tudo bem
Eu também acho o Comércio Exterior uma área apaixonante, muito interessante mesmo.
Sobre concursos voltados pra essa área, somente existe o de ACE mesmo. E a lotação, pelo menos hoje em dia, é obrigatoriamente em Brasília, o que para muitos pode ser uma desvantagem. No futuro, quem sabe, possamos ter ACE's lotados em outras capitais e até mesmo no exterior. (essa é uma briga da carreira)
Penso que o estudo para o concurso de ACE deve ser mesmo de longo prazo. São muitas as matérias cobradas e o nível de profundidade não é raso. Todavia, estude primeiro por livros direcionados para concursos e, depois, caso sinta necessidade, procure novas bibliografias.
Algumas dicas:
1)- Não despreze nenhuma das matérias do edital. Cada ponto será precioso!
2)- Não estude por apostilas de cursinhos, mas sim por livros!
3)- Estude muito forte Economia e Comércio Internacional (são as duas matérias mais importantes!)
4)- Prepare-se forte para a prova discursiva! No último concurso, esse foi o fator decisivo do concurso. Não tem outro jeito: tem que escrever muito.
Quanto a bibliografias, aconselho em Comércio Internacional, em um primeiro momento os livros do Rodrigo Luz: Comércio Internacional e Legislação Aduaneira e Relações Econômicas Internacionais. Em um segundo momento, aconselho que você se aprofunde na OMC. A Prof Vera Thorstensen tem livros fantásticos nessa área. Não podemos esquecer, no entanto, que o comércio exterior é muito dinâmico e suas regras estão sempre sendo modificadas. Por isso, é importante estar atualizado e, nesse sentido, os cursos do Ponto que ministro no Ponto são uma boa pedida.
Em Economia, o ideal são livros acadêmicos: Varian, Mankiw, Pindick.
Bom, é isso! Também escrevi quase um livro! Espero poder te ajudar. Caso tenha outras dúvidas, não deixe de perguntar.
Um forte abraço,
Ricardo Vale


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Material para Download

Olá, amigos concurseiros! Como vão os estudos?"
Recentemente, em virtude de estar ministrando no Ponto dos Concursos um Curso de Atualidades/Geografia p/ ABIN em parceria com a Prof Virgínia Guimarães, tenho recebido inúmeros e-mails perguntando sobre qual a legislação cobrada nesse concurso.
Pois bem, diante desses pedidos, resolvi compilar em um só arquivo toda a legislação de interesse da atividade de inteligência (que foi cobrada no concurso de 2008). Creio que isso poderá facilitar a vida de muitos que ainda estão um pouco perdidos com relação à matéria que possivelmente será cobrada no próximo concurso da ABIN.
Por hoje é só! Um grande abraço e bons estudos,
Ricardo Vale" 

DOWNLOADS:
Assunto: Legislação da ABIN
Formato: PDF / Word 
Tamanho: 1175KB
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Promoção de LIVROS!!!


Olá amigos concurseiros!!!

É com grande honra que venho convidá-los para participar de uma promoção que irei lançar hoje aqui. Para facilitar o acesso de várias pessoas ao livro : COMÉRCIO INTERNACIONAL - Questões Comentadas , irei sortear 03 exemplares deste livro de minha autoria para os visitantes deste blog.

Para participar é bem simples, basta escrever um e-mail para soconcursandos@gmail.com e colocar NOME, ENDEREÇO, CEP, E TELEFONE. Retornaremos o seu e-mail informando o seu número correspondente ao sorteio. Essa promoção começa dia 10/04/2010 e termina dia 15/05/2010.

PARTICIPE!!!!
Envie seu e-mail para:
soconcursandos@gmail.com
Assunto: PROMOÇÃO LIVRO PROFESSOR RICARDO VALE
INFORME: Nome
Endereço
Cep
Telefone

AGUARDAMOS A SUA PARTICIPAÇÃO!!!!



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RESULTADO e RECURSOS

Olá, meus amigos que fizeram a prova discursiva da RFB!

Para muitos, o dia de hoje é um momento de felicidade máxima. Para outros, no entanto, o momento é de correria total. Sei que muitos estão desesperados, por isso é um grande prazer poder ajudá-los e, quem sabe, fazer alguma diferença nesse momento. No entanto, responder individualmente a todos é um esforço quase que impossível. Assim, preferi postar alguns comentários genéricos aqui no blog e na parte aberta do site do Ponto. Dessa maneira, aqueles que não receberem minhas respostas individualmente, saibam que não o fiz porque cheguei em meu limite.

Recebi ontem e continuo recebendo hoje inúmeros e-mails de alunos de diferentes locais do país a respeito da prova discursiva de C.I. Realmente, a questão de Comércio Internacional foi o grande bicho-papão da prova!

O tema, pelo menos aparentemente, foi bem simples. No entanto, foi bastante comum que os candidatos recebessem pontuação inferior a 18 no conteúdo.

Mas se o tema foi simples, qual o motivo de todo esse rigor da ESAF? Em minha opinião, pelo que tenho visto, o que fez a diferença entre notas boas e notas ruins em C.I foram pequenas imprecisões no texto. Não é que o candidato não saiba a matéria. Ele sabe, mas no momento de escrever comete algumas imprecisões que causam descontos em sua pontuação. Além disso, muitos candidatos não se focaram na idéia central da questão: a relação entre comércio internacional e desenvolvimento econômico.

A resposta para a correção supostamente injusta está no sistema de avaliação da ESAF.

O sistema de avaliação da ESAF não é baseado na atribuição de pontuação, mas sim no desconto de pontos por erros cometidos pelos candidatos. Observando a grade de correção dessa banca no que diz respeito ao conteúdo, temos o seguinte:

1)- Capacidade de Argumentação: podem ser descontados no máximo 9 pontos. Possíveis erros cometidos pelos candidatos são AE (argumentação errada), AF (argumentação fraca) e AI (argumentação inexata). Logicamente, há uma gradação entre cada um desses erros, de forma que uma argumentação errada é pior do que uma argumentação fraca, que por sua vez é pior do que uma argumentação inexata. Pelo que percebi vendo inúmeras redações, quando um candidato tem um erro por AI (argumentação inexata), já se desconta automaticamente 3 pontos. Pelo menos, assim foi em Comércio Internacional!

2)- Seqüência Lógica de Pensamento: podem ser descontados no máximo 5 pontos. O erro mais comum encontrado nesse quesito é o de D.I (desenvolvimento incompleto), que também causa dedução de 3 pontos.

3)- Alinhamento ao tema: podem ser descontados no máximo 7 pontos. Os erros que podem ser cometidos pelos candidatos são a FPT (fuga parcial do tema) e a FTT (fuga total do tema). Quando ocorre uma fuga total do tema, a dedução de pontos é maior do que a dedução em caso de fuga parcial do tema. Dentre todas as redações que li, nenhuma foi penalizada com fuga total do tema. Já as que tiveram um erro por FPT (fuga parcial do tema), foram penalizadas em 3 pontos.

4)- Cobertura dos Tópicos apresentados: podem ser descontados no máximo 9 pontos. Os erros possíveis são a OT (omissão de tópico), OTT (omissão total de tópico), OPT (omissão parcial de tópico) e TC (texto confuso).

Voltando às idéias centrais da questão, o candidato deveria abordar a relação entre comércio internacional e desenvolvimento econômico. Muito pouca gente fez isso! Em cada um dos tópicos propostos, ele deveria se ater a essa idéia, devendo responder basicamente a três perguntas:

1)- Como os acordos e regras da OMC influenciam no comércio internacional e conseqüentemente no desenvolvimento econômico?

2)- Como os acordos regionais e os sistemas de preferências comerciais influenciam no comércio internacional e no desenvolvimento econômico?

3)- Por fim, qual a influência dos regimes aduaneiros aplicados em áreas especiais no desenvolvimento econômico?

Muitos alunos disseram, por exemplo, que o SGP permite que os países desenvolvidos outorguem preferências aos países em desenvolvimento sem necessitar estendê-las a terceiros e sem exigência de reciprocidade. Esqueceram-se, todavia, de dizer o mais importante: como isso influencia no desenvolvimento econômico. O ideal seria que o candidato explicasse o que são os sistemas de preferências comerciais, mas que também argumentasse que eles proporcionam um tratamento mais favorecido aos países em desenvolvimento no comércio internacional. E, ainda, que isso é fator que impulsiona seu desenvolvimento.

Da mesma forma, muitos alunos falaram sobre as funções da OMC, mas não disseram como ela contribui para a liberalização do comércio internacional. Muito menos abordaram quais os efeitos do livre comércio – aumento da oferta de produtos, queda dos preços, ganhos de escala, estímulo ao desenvolvimento tecnológico.

Todos esses fatores, meus amigos, motivaram o desconto de pontos por D.I (desenvolvimento incompleto).

De qualquer forma, percebi também em redações de três alunos um erro cometido pela ESAF na correção. Gostaria, dessa forma, de compartilhar com todos.

A ESAF, segundo o edital de AFRFB pode descontar no máximo 9 pontos no quesito capacidade de argumentação. Considerando que um candidato só tenha pontos descontados por A.I (argumentação inexata), A.F (argumentação fraca) ou A.E (argumentação errada) em todo seu texto, ele só poderá ser descontado, no máximo em 9 pontos. Fiquem atentos a esse tipo de detalhe!

Tentem também comparar a correção de C.I com as correções de outras disciplinas. Afinal, quantos pontos são descontados em razão de uma observação de D.I ou A.I em outras matérias? Se houver diferença, qual a razão da discrepância? Penso que isso poderá ser um argumento para possíveis recursos!

De antemão, peço desculpas àqueles a quem eu não conseguir responder!

Um grande abraço,

Ricardo Vale
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Esclarecendo dúvidas

Olá, Professor Ricardo Vale!!

Como tantos que lhe escrevem, sou "concurseira" e, navegando pela internet em busca de informações, achei um texto seu dando informações sobre a carreira de Analista de Comércio Exterior. Confesso que fiquei encantada, até porque, quando comecei a estudar para concursos, foi pensando nessa carreira. Entretanto, o último concurso (2008) aconteceu exatamente quando eu havia acabdo de começar a estudar. Infelizmente, também sei que as vagas são restritas, mas é com confiança e determinação que atingimos nossos objetivos, não é mesmo?
Vi que o senhor falou no texto que haveria previsão (o MDIC está brigando por isso) de um novo concurso agora em 2010. É isso mesmo? Digo, sei que o senhor não pode dar certeza, mas já havendo alguém de dentro falando que o MDIC está se mexendo, considero grande coisa. Até porque é esse mesmo o concurso que eu quero.
Sou de Recife (se soubesse que o senhor estaria aqui em Novembro/2009, lá no Espaço Jurídico, teria ido lá), graduada em Engª Produção, apaixonei-me por Comércio Internacional e Direito Internacional Público e sou uma fã de idiomas. Falo alguns, mas não sou expertisse em nehum deles. Enfim, o que quero dizer é que me identifico bastante com a área.
Bom, sem querer me demorar mais, até porque sei que o senhor é demasiado ocupado...estou estudando pro Ministério do Trabalho, mas já vou então me preparando, após esse concurso, pras provas do MDIC. :)
O senhor recomenda alguma bibliografia específica?

Obrigada pela atenção!!

Débora


RESPOSTA:

Oi Débora, tudo bem? Bom, só converso com você se parar de me chamar de senhor! rsrsrsrs. Pô, eu tenho 27 anos!
E que chato ser de Recife, essa cidade maravilhosa! Em breve, estarei aí novamente!
Que legal saber que você se interessa pela área de comércio exterior. Ela é realmente bastante interessante!
Havia sim a previsão de concurso de ACE para 2010. No entanto, por ser ano eleitoral e até agora não ter saído nada de concreto, as coisas ficam mais difíceis.
As disciplinas mais importantes do concurso de ACE são Comércio Internacional e Economia. Em Comércio Internacional recomendo os livros do Rodrigo Luz. Em Economia, recomendo:
- Microeconomia: livro do Varian.
- Macroeconomia: recomendo os livros do Geraldo Góes e as aulas do César Frade.
Um grande abraço,

Ricardo Vale
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Esclarecendo Dúvidas

Olá Professor!

Há pouco tempo estou com a idéia de começar a estudar para concursos públicos e, especificamente, gostaria de focar na carreira de analista de comércio exterior. Todavia, como o concurso ocorreu a relativamente pouco tempo - final de 2008 - os cursinhos não apresentam turmas específicas para esta prova. Gostaria de saber como proceder para me preparar desde já com os cursos oferecidos. Quais concursos tem mais matérias em comum com a de analista de comércio exterior? Seriam os da área fiscal, de gestão? Por quais matérias o senhor indica começar, para um melhor aproveitamento futuro?

Obrigado!

Daniel Gomes


RESPOSTA:

Oi Daniel, tudo bem?

O último concurso de Analista de Comércio Exterior teve um edital bastante parecido com o edital de AFRFB 2005. Eu mesmo me focava bastante na RFB e quando apareceu o concurso de ACE eu já estava preparado.

As matérias mais fortes nesse concurso são Comércio Internacional e Economia - Micro e Macro. É fundamental estar bem afiado nessas duas disciplinas.

Na minha opinião, a melhor forma de preparação é começar estudando forte para a RFB. As matérias são bastante parecidas e aí, quando sair o edital de ACE, você rapidamente se adapta às modificações.

Um grande abraço e boa sorte!

"O segredo do sucesso é a constância no objetivo!"


Ricardo Vale
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Esclarecendo dúvidas

Ola Professor,

Ao fazer a redação para o primeiro tema que o senhor propôs no ponto (sobre o MERCOSUL), fiquei com dúvida no útimo tópico "Eliminação da multiplicidade de cobrança da TEC"

Fiz a redação sem consulta e, na hora, acabei dando uma "chutada"..

Sobre esse tópico havia escrito:

"....Um outro objetivo do Mercosul é a eliminação da mltiplicidade de cobrança da TEC. Espera-se que cada vez mais os produtos sejam agregados em grandes grupos de mesma tarifa"

Depois (já com consulta) reescrevi o parágrafo:

"... Um outro objetivo do Mercosul é a eliminação da mltiplicidade de cobrança da TEC. Atualmente, se, por exemplo, um produto é importado pela Argentina e de lá exportado para o Brasil, a TEC é cobrada duas vezes (uma pela Argentina e outra pelo Brasil).

Afinal, o que seria essa "eliminação da multiplicidae de cobrança da TEC"?

O senhor acha que no caso de cair um tópico em que não se sabe o assunto vale a pena dar uma "chutada" para ver se ganha uns pontos na capacidade de redação ou não?

Obrigado mais uma vez!
Fernando



RESPOSTA:

Oi Fernando, tudo bem?
O ideal em uma união aduaneira é que quando um produto seja importado por qualquer um dos países-membros, ele se torne orignário do bloco. Se o Brasil comprar um carro da Inglaterra, por exemplo, essa operação será tributada pela alíquota da TEC. Se esse mesmo carro for vendido à Argentina, ocorrerá nova tributação, pois ele não é originário do bloco. Nesse caso, houve uma dupla cobrança da TEC, ok?
O ideal em uma união aduaneira é que não ocorresse a dupla ou múltipla cobrança da TEC. Todavia, essa é mais uma imperfeição do MERCOSUL. A maior dificuldade para colocar um fim à múltipla cobrança da TEC é a criação de um mecanismo de distribuição da renda aduaneira. E por que é necessária a distribuição da renda aduaneira?
No exemplo do carro comprado da Inglaterra, somente o Brasil iria recolher direitos aduaneiros se não houvesse dupla cobrança da TEC. No entanto, como ele está sendo revendido para a Argentina, ela também irá querer arrecadar. Para isso ser possível, os direitos aduaneiros recolhidos deverão ser distribuídos.
Caso você não saiba o assunto em uma prova discursiva, tente usar uma afirmação mais genérica, em que, ao mesmo tempo em que você não se comprometa, responda a pergunta. Mas jamais deixe de abordar algum dos tópicos! Assim você ganha alguns pontos preciosos.
Um grande abraço e bons estudos!

Ricardo Vale
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